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Presidente da República evoca Vicente Jorge Silva

Vicente Jorge Silva era das personalidades que marcam um percurso coletivo e marcam também a vida de todos os que se cruzam com elas.

Marcou o percurso coletivo na luta pela Democracia no Comércio do Funchal, fazendo de uma aventura de escassos meios uma força indomável. Como ele – uma força indomável.

Marcou, depois, no Expresso, a transição e o caminho pós-democrático, com imaginação esfuziante, frontalidade total, humor inesgotável, e, sempre, uma inteligência e uma apetência cultural sem limites, que o fazia devorar livros e sonhar filmes e cultivar novos horizontes, ele que, no fundo, era um solitário que a vida não bafejou em momentos pessoais cruciais.

Deu alma à Cultura no Expresso e nele criou a Revista, obra de fôlego que deixou para lançar a sua terceira grande marca coletiva – o Público.

No Público concretizou uma revolução na imprensa diária portuguesa, que se expandiria a todo o panorama jornalístico nacional.

Ainda teve tempo para ser deputado, pioneiro de causas, polemista imparável, colunista lúcido e escritor de escritas dispersas.

Em suma, mudou o panorama da comunicação social portuguesa e, por isso, de muita da nossa política, sobretudo entre os anos 60 e 90.

Nesse percurso coletivo marcou a vida de todos os que consigo se cruzaram, amigos e admiradores tal como adversários. Ninguém lhe poderia ficar indiferente.

O Presidente da República, que teve a honra de ser seu aluno em tantos instantes de vida partilhada e seu amigo e admirador sempre, recorda-o com inapagável saudade, mitigada pela sensação de que o seu testemunho continua presente como nunca, e expressa à Família a solidariedade do companheiro de lutas comuns e a gratidão institucional, em nome dos portugueses.