“É com a maior alegria que me associo festivamente à celebração do Dia Mundial do Livro.
Objeto de cultura por excelência, o livro continua a ser o principal veículo de conhecimento e de saber à escala planetária. Adaptou-se ao mundo digital, assume hoje novos formatos, mas não perdeu a sua qualidade intrínseca, milenar, de universo em linhas escrito.
Para aqueles que, como eu e tantos outros, continuam a deslumbrar-se com o objeto físico, antigo ou novo, com o cheiro de seus papéis e tintas, com o folhear das suas páginas, as livrarias são, e devem continuar a ser, lugares que tanto se apresentam como templos de sabedoria onde entramos com um respeito quase sacral como, num aparente paradoxo, servem de redutos de luxúria intelectual - e visual - para os amantes dos livros.
É essencial que os livreiros e as livrarias, nas grandes como nas pequenas cidades, nas vilas mais recônditas do nosso país, continuem a desempenhar a missão de agentes culturais e de verdadeiro serviço público que exercem há muitos e muitos séculos.
Frequentador assíduo de livrarias e alfarrabistas, possuidor de uma biblioteca que fiz questão de doar ao público e de abrir aos outros, irei comemorar o Dia Mundial do Livro no local certo, percorrendo algumas livrarias da cidade de Lisboa.
Convido todos os Portugueses a fazerem o mesmo, nos seus lugares de residência ou trabalho.
Celebremos este Dia na consciência comum de que é fundamental enraizar e fazer frutificar os hábitos de leitura e o contacto com os livros entre todos os cidadãos, especialmente nas gerações mais novas.
Marcelo Rebelo de Sousa”