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Europa será solidária ou não será

Foi no dia 9 de maio de 1950, há exatamente 70 anos, 5 anos depois da capitulação alemã na 2ª Guerra Mundial a 8 de maio de 1945, que o então Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Robert Schuman, pronunciou uma alocução histórica, lançando a primeira das muitas pedras de que se fez, desde então, a integração europeia.

Continha o seu discurso, geralmente referido como “Declaração Schuman”, uma afirmação premonitória e ainda hoje decisiva: a de que a Europa se construiria, não de uma só vez, não com base na concretização de um projeto global predeterminado, mas através de realizações concretas e da criação de solidariedades de facto.

Portugal é desde 1986, há já 34 anos, membro de pleno direito da União Europeia, herdeira e depositária dessas palavras e da vontade que as anima, e é essa solidariedade que hoje, mais do que nunca, esperamos e exigimos da Europa.

Uma solidariedade de facto num tempo de insegurança e de indefinição, que impõe um verdadeiro sobressalto de alma europeia, capaz de concretizar o sonho e a ambição daqueles que, como Robert Schuman, Jean Monnet, Konrad Adenauer e tantos outros, sobre os escombros do pior de todos os conflitos da história da Humanidade, a 2ª Guerra Mundial, erigiram em conjunto um projeto de esperança, de Paz, de bem estar e futuro para todos os europeus.

Marcelo Rebelo de Sousa