Ao iniciar-se hoje a quinta Cimeira UE-UA em Abidjan, saúdo a sua realização dez anos após a adoção da Estratégia Conjunta UE-África, em 2007, durante a Presidência Portuguesa da União Europeia. Estou certo de que esta Cimeira, dedicada ao tema do investimento nos jovens, constituirá um importante marco na aproximação dos dois continentes, que Portugal sempre defendeu.
Com efeito, um dos maiores desafios com que África se deparará no futuro prende-se com a juventude. Se já hoje 60% da população africana tem menos de 25 anos, segundo estimativas internacionais, em 2035 haverá mais jovens em idade laboral na África subsaariana do que nas restantes regiões do mundo combinadas. Em boa hora, líderes políticos e também empresários, africanos e europeus, se debruçarão sobre este tema.
Neste contexto, o Plano de Investimento Externo Europeu, uma iniciativa da Comissão Europeia que deverá mobilizar cerca de 44 mil milhões de euros até 2020, constituirá um importante instrumento na criação de emprego e na qualificação dos jovens que deverão constituir a maior força laboral do mundo dentro de poucos anos, permitindo-lhes a escolha de encontrarem emprego e condições de vida nos seus países ou regiões de origem.
Assim possam todos os participantes na Cimeira contribuir para um futuro sustentável, onde dos desafios são criadas oportunidades, que beneficiam tanto África, como a Europa e o Mundo.