Apresento as minhas condolências à família do escritor e tradutor Albano Martins.
Nascido na aldeia do Telhado, concelho do Fundão, licenciou-se em Filologia Clássica pela Universidade de Lisboa, mas o seu nome ficou sobretudo ligado ao Porto, onde nos últimos anos, já aposentado da Inspeção-Geral de Ensino, foi professor na Universidade Fernando Pessoa. Membro da direção da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, foi fundador da revista Árvore e colaborou com a Nova Renascença, entre muitíssimos outros jornais e revistas.
Tendo publicado, a partir de 1950, uma vasta, mas sóbria, obra poética, notabilizou-se como tradutor: as suas versões de Alceu e Safo, de Giacomo Leopardi, de Pablo Neruda, entre muitos outras, foram elogiadas e premiadas, e com elas Albano Martins enriqueceu o diálogo português com a poesia do mundo.