Assinala-se hoje o centenário do nascimento de Ruben Andresen Leitão, que usou como nome literário Ruben A.
Evoco, com saudade, o homem, com quem privei, e o escritor, que admiro.
Figura genial, buliçosa, inventiva, curiosa, erudita, divertida, deixou-nos livros à sua medida, e só a morte precoce e um antigo e injusto alheamento impediram que fosse adequadamente reconhecido.
Mestre da autobiografia irrequieta, da seriíssima paródia histórica, do jogo com as convenções narrativas, Ruben A. será recordado, neste ano e no próximo, numa série de homenagens, colóquios, espetáculos e reedições que ajudarão decerto a reivindicar o lugar que é seu por mérito próprio e que o Presidente da República não deixará de reconhecer em momento próprio.