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Presidente da República assinala o Dia Mundial do Ambiente

Instituído pela Conferência de Estocolmo de 1972, há quase cinco décadas que assinalamos o Dia Mundial do Ambiente.

Este ano, mais do que nunca, devemos celebrar o nosso compromisso com o planeta.

Na verdade, a pandemia da Covid-19 demonstrou, como poucos outros factos da nossa História recente, até que ponto vivemos verdadeiramente num só mundo, num mundo em que as acções desencadeadas numa geografia se projectam inelutavelmente sobre todas as outras.

Num mundo e num tempo globalizados, ninguém está imune a tudo quanto sucede em todos os lugares do planeta, por mais distantes que sejam ou nos pareçam ser.

Num mundo e num tempo globalizados, ninguém pode afirmar que se encontra isento de riscos e, por isso, ninguém eximir-se da sua responsabilidade para com o nosso destino comum, em particular o das gerações futuras.

É natural e compreensível que a urgência do combate à pandemia possa ter-nos levado a concentrar os nossos esforços e os nossos olhares sobre uma realidade que esperamos seja efémera.

Mas isso não deve afastar-nos de outras realidades, que sabemos ser bem menos efémeras do que a atual pandemia.

Realidades que, se nada fizermos, poderão ter efeitos dramáticos para o futuro da Humanidade – muito mais dramáticos, como bem sabemos, do que a crise que atravessamos.

No torvelinho noticioso sobre a Covid-19, por vezes deixámos de lado outras notícias que foram surgindo, como aquela que deu conta de que, não fora a pandemia, Portugal necessitaria de um crédito ambiental já em meados do corrente em ano, mais precisamente em finais do passado mês de Maio.

Ou a notícia que deu conta de que, muito provavelmente, até ao final do século XXI o aquecimento que já afeta a zona mais superficial dos oceanos chegará às suas zonas mais profundas, com efeitos imprevisíveis, mas potencialmente catastróficos.

Mas não nos devemos deixar vencer pelo pessimismo nem podemos ceder ao alarmismo desmobilizador.

A resposta que estamos a dar à atual crise da Covid-19 dá-nos razões para acreditar no futuro – e, sobretudo, par acreditar nos jovens de todo o planeta.

A resposta coletiva à Covid-19 mostra também que só através da Ciência poderemos ter dados rigorosos e objetivos que nos permitam avançar de forma eficaz e sustentada na resolução de problemas globais de grande escala.

Neste Dia Mundial do Ambiente, quero deixar a minha palavra de apreço e de gratidão e, acima de tudo, de profunda confiança na comunidade científica portuguesa.

Quero também apelar a todos os Portugueses, em especial aos mais jovens, para que se continuem a mobilizar, e de forma ainda mais intensa do que têm em feito, em defesa do planeta Terra, a nossa casa comum.

Marcelo Rebelo de Sousa