À margem da participação em Israel no 5.º Fórum Internacional sobre o Holocausto: Lembrando o Holocausto, combatendo o antissemitismo, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa encontrou-se, em Jerusalém, com dois sobreviventes do Holocausto e mais tarde com a ex-Embaixadora de Israel em Lisboa, Colette Avital.
O Chefe de Estado conheceu a história de vida de Haim Roet, nascido em Amsterdão em 1932, numa família ortodoxa. Em 1942 foi levado, juntamente com a família, para um campo de trânsito de onde conseguiram escapar para um bairro de judeus. Mas, em setembro de 1943, o seu avô e duas irmãs, foram levados para o campo de concentração de Auschwitz. Contrariamente a grande parte dos seus irmãos, Haim Roet e seus pais conseguiram sobreviver e mudaram-se depois para Israel. Casado, tem três filhos e oito netos.
Teve também a oportunidade de conhecer Rena Quint, nascida em 1935 em Piotrklow, na Polónia. Aos seis anos, a sua mãe biológica, Sarah, mesmo antes de ser presa, entregou-a para os braços de outra pessoa, de forma a salvá-la. A sua mãe e os seus irmãos foram mortos em Treblinka. Rena Quint teve várias “mães” que a protegeram, mesmo quando foi deportada para o campo de Bergen-Belsen, onde ficou até à libertação pelas forças britânicas, em abril de 1945, quando já estava à beira da morte, encontrando-se no meio de um amontoado de corpos moribundos. Após um período de recuperação na Suécia, aos 10 anos, órfã, foi para Nova Iorque onde foi adotada. Tem quatro filhos, vinte e dois netos e dezanove bisnetos.
O Presidente da República reuniu depois com a Embaixadora Colette Avital, ex-Embaixadora de Israel em Lisboa de 1988 a 1992, e que será uma das pessoas a acender a “chama da lembrança” durante a cerimónia judaica de recordação na abertura do Fórum Internacional sobre o Holocausto - “World Holocaust Forum 2020: Remembering the Holocaust, Fighting Antisemitism”, que se realiza por ocasião do 75.º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
