Tal como outros atores e atrizes da sua geração, Natália de Sousa ganhou reconhecimento público em diversos meios artísticos, quase sempre no domínio da comédia.
Co-fundadora do Teatro Ádóque, esteve entre os autores e atores de teatro de revista que, logo a seguir à Revolução, mantiveram viva essa tradição crítica e trocista, em espetáculos muito populares que, nos palcos do Parque Mayer, comentavam em direto as vicissitudes políticas do novo regime.
Tendo feito também algum cinema, foi no entanto a televisão que a tornou num rosto familiar a todos os portugueses. E com o seu trabalho ao lado dos nomes mais destacados do humor das últimas décadas, como Nicolau Breyner, Camilo de Oliveira ou Herman José (em programas como “Eu Show Nico”, “Sabadabadu”, “O Tal Canal”), conquistaria um lugar no imaginário da comédia portuguesa.
À família de Natália de Sousa apresento as minhas sentidas condolências.