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Presidente da República evoca o compositor João Paes

É já com muita saudade que o Presidente da República, amigo de décadas, cúmplice das tertúlias do São Carlos e de tantas outras iniciativas, evoca o compositor João Paes e apresenta as mais sinceras e sentidas condolências à Família.

Neto de Sidónio Paes e sobrinho de Pedro de Freitas Branco, João Paes cursou Engenharia, mas encaminhou-se naturalmente para a música.

Estudou com Joly Braga Santos, foi crítico musical (na revista «O Tempo e o Modo», e mais tarde no «Jornal de Letras» e no «Público»), musicólogo e divulgador, Presidente da Juventude Musical Portuguesa, Diretor do Teatro Nacional de São Carlos (que abriu aos contemporâneos, aos compositores portugueses e mesmo ao jazz). Também esteve à frente da Antena 2 e programou, na área da música erudita, a Lisboa 94 – Capital Europeia da Cultura, tendo ainda exercido funções de Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal em Washington.

Na sua obra enquanto compositor, destacam-se as colaborações assíduas com Manoel de Oliveira, nomeadamente o libreto do ousado filme-ópera «Os Canibais» (1988). Conhecedor, ecuménico, e com uma sólida dimensão pedagógica, João Paes foi uma figura distinta da cultura musical portuguesa das últimas décadas.

É, pois, um Homem muito distinto que nos deixa, uma ausência que faz e fará falta.