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Presidente da República manifesta pesar pela morte de José-Augusto França

Com a morte de José-Augusto França, a cuja família endereço os meus sentidos pêsames, perdemos uma das maiores figuras culturais do Portugal contemporâneo: historiador e crítico de arte, sociólogo, professor, diretor e animador de revistas, ficcionista e memorialista.

Licenciado em Histórico-Filosóficas, estudou em Paris com Pierre Francastel, e em Paris se doutorou, em História e em Letras. Mas antes disso já tinha sido um nome fundamental na afirmação do surrealismo português, organizando exposições, promovendo jovens artistas, escrevendo na imprensa.

Entre os seus trabalhos mais importantes estão monografias sobre Almada e Amadeo, sobre a cidade de Lisboa, sobre o romantismo em Portugal, além de volumes de referência sobre a arte portuguesa dos últimos dois séculos.

Presidente da Academia de Belas Artes, presidente de honra da Associação Internacional dos Críticos de Arte, diretor do Centro Cultural Português em Paris, diretor durante um quarto de século da revista Colóquio/Artes, José-Augusto França esteve também à frente do curso de História de Arte da Universidade Nova de Lisboa. Não houve tarefa de investigação, divulgação, estudo e pedagogia que não tivesse exercido ao longo de sete décadas de atividade.

Numa época em que a arte portuguesa tem vindo a alcançar o reconhecimento internacional há muito devido, é justo lembrar o muito que devemos a quem incansavelmente produziu um discurso crítico e histórico sobre as artes em Portugal. E ninguém o faz com mais intensidade, sabedoria e distinção do que José-Augusto França.