Com a morte de Stephen Hawking, o mundo perdeu um dos mais influentes e populares cientistas do nosso tempo.
Devido a obras de grande divulgação que alcançaram sucesso mundial, Stephen Hawking tornou-se o rosto da ciência para milhões de seres humanos em todo o planeta.
Pelo seu exemplo de vida, Stephen Hawking foi a face da coragem e da luta sem tréguas contra a doença e o sofrimento, que enfrentou com alegria transbordante e admirável bravura.
Quando, em novembro passado, Hawking irrompeu no écran da Web Summit, enchendo a sala do Parque das Nações em Lisboa, passou a ser mais próximo de nós, iluminando-nos com o sorriso do seu génio e da sua sabedoria imensa.
Conhecíamo-lo pela genialidade das suas teorias sobre o Universo, pela sua heroica luta pela vida e pela sua notável capacidade de comunicação.
O seu desaparecimento equivale à partida de amigo próximo, de alguém que se tornara familiar e que nos habituámos a admirar sem dúvidas nem hesitações.
A sua aposta na vida, traduzida nos célebres ditos “não se deve perder a esperança” “a vida vale a pena ser vivida”, é uma lição que nos ficará para sempre.
Vivida com a intensidade com que a viveu Stephen Hawking, a existência humana é muito mais do que um qualquer buraco negro perdido nos confins do céu distante.
Marcelo Rebelo de Sousa