Manifesto o meu pesar pelo falecimento de Luís Amaro. Poeta depurado, intimista, discreto, deixou também trabalhos de investigação literária, nomeadamente em matéria biobibliográfica (incluindo importante colaboração no Dicionário Cronológico de Autores Portugueses) e epistolográfica.
Meticuloso editor textual, preparou inúmeras reedições, edições críticas e números temáticos de revistas, nomeadamente de e sobre José Régio e outros presencistas.
Além de textos dispersos na imprensa, nomeadamente no Diário de Notícias, codirigiu as «folhas de poesia» Árvore e manteve uma longa associação à Colóquio/Letras, editada pela Fundação Calouste Gulbenkian, tendo sido seu diretor-adjunto.
Em textos e cartas, bem como no contacto pessoal, Luís Amaro revelou-se uma memória imprescindível das letras portuguesas, atento e escrupuloso, afável e justo.