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Presidente da República homenageia Nuno Júdice

Nuno Júdice foi um autor decisivo numa época de transição da poesia portuguesa, entre as tendências experimentais da década de 1960 e o tom mais quotidiano dos anos 80 e seguintes. E mesmo no contexto da geração de 70, a que pertencia, não se parecia com nenhum outro, com os seus versos por vezes longos, discursivos, meditativos, o tom tardo-romântico, as interrogações sobre a noção de poema, mais tarde o pendor evocativo, melancólico ou irónico.

Sendo um dos mais prolíficos poetas portugueses, e um dos mais traduzidos, era o mais reconhecido internacionalmente, e recebeu, entre muitos outros, o Prémio Ibero-Americano Rainha Sofia. O volume “50 Anos de Poesia (1972-2022)” é uma súmula desse percurso de meio século.

Mas Nuno Júdice foi igualmente professor na Universidade Nova de Lisboa; ensaísta com obra publicada no âmbito da literatura portuguesa da Idade Média à atualidade; um ficcionista inesperado e inventivo; tradutor e organizador de antologias; diretor de revistas literárias como a “Tabacaria” e a “Colóquio-Letras”; e exerceu funções de conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Paris, onde também dirigiu o Instituto Camões.

A sua obra poética e o trabalho de décadas em diferentes instituições foram um contributo maior para a singularidade, o cosmopolitismo e a projeção da literatura portuguesa.

À sua família, e em especial à sua mulher, Manuela Júdice, o Presidente da República manifesta o seu sincero pesar e a sua gratidão e homenagem.