Este ano sob o mote “Juntos cuidamos, aprendemos e vencemos”, o Dia Mundial do Refugiado – o dia que hoje assinalamos – é sobretudo um alerta pela inclusão, contra a indiferença. Indiferença que tantas vezes se traduz na linguagem fácil dos números. E embora os números impressionem – a cada dois segundos existe um deslocado no mundo – a realidade dos refugiados não trata de estatísticas, trata de pessoas, pessoas como nós, a quem devemos solidariedade como valor concreto e fundamental.
A iniciativa das Nações Unidas recorda-nos a importância e a urgência desse dever. Um dever de cuidado que se acentuou com a pandemia, pelas dificuldades acrescidas no acesso à saúde e à educação para os milhões de deslocados em todo o mundo.
Um dever de cuidado assente nos valores humanistas que nos caracterizam. Valores que se sobrepõem a discursos oportunistas ou a limitações impostas pelo momento presente.
O 20 de junho é uma data universal, que os Portugueses assinalam este ano com redobrado orgulho na renovação do mandato do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, antigo Alto-Comissário da ONU para os Refugiados, reafirmando a vocação de abertura e tolerância que sempre defendemos.