A criação de um Estatuto para o Cuidador Informal é uma causa que é nacional. É uma causa que reúne o apoio de todos os partidos. É uma causa que o Presidente da República sempre defendeu e continuará a defender, até que seja uma realidade.
Cinco de novembro, Dia do Cuidador Informal é uma data que nos impele a agir. Portugal não pode continuar à espera, sob pena de estar a perpetuar um erro imperdoável, confundido prioridades, atropelando a defesa da dignidade humana.
Os dados estão estudados e publicados: em Portugal a grande maioria dos cuidados prestados a pessoas dependentes, sejam idosos, pessoas com deficiência, demências ou doenças crónicas é prestado por cuidadores informais e não através das redes formais.
Não podemos continuar a fingir que não existem milhares de compatriotas que são pais, filhos, netos, sobrinhos, primos, vizinhos, amigos, cuidadores de tantos e tantos outros portugueses. Há milhares de cuidadores informais e cada vez haverá mais. Não podem continuar invisíveis e nessa condição ignorados. Sem vencimentos, sem folgas, sem férias, sem reformas, sem direitos sociais, numa missão também ela sem preço. É urgente conjugar o seu estatuto com o estado social.
Assinalo, pois, este dia, renovando o apoio a esta causa e o apelo para que se faça mais, vencendo preconceitos e obstáculos institucionais à criação do Estatuto do Cuidador Informal. É uma causa que sei ser de todos. É uma causa que merece o esforço de todos.