Autodidata erudito, deixou-nos uma bibliografia vastíssima, iniciada em começos dos anos 1960, e que abarca temas filosóficos, culturais, literários, religiosos, teológicos e até etnológicos.
Escreveu sobre o “Cancioneiro de Quadrazais” (a sua terra natal, no concelho do Sabugal, distrito da Guarda), o platonismo e o aristotelismo, sobre Frei Bartolomeu dos Mártires, Guilherme Braga da Cruz, Santo Agostinho ou Leonardo Coimbra, entre outros, bem como inúmeros estudos sobre a Guarda e sobre figuras da Igreja em Portugal.
Defendendo a especificidade de um pensamento português, na sequência de movimentos como a Renascença Portuguesa ou o Saudosismo, Pinharanda Gomes editou obras de referência como Introdução à História da Filosofia Portuguesa, Pensamento Português (7 volumes) e Dicionário da Filosofia Portuguesa, interveio em conferências e colóquios e colaborou com a imprensa regional e nacional.
Cofundador do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, sócio correspondente da Academia Internacional de Cultura Portuguesa e da Academia Portuguesa de História, Doutor Honoris Causa pela Universidade de Beira Interior, era um trabalhador incansável, um homem de convicções profundas e um indefetível de uma certa ideia de Portugal.
Endereço à Família e amigos de Jesué Pinharanda Gomes os meus sentidos pêsames.