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Mensagem do Presidente da República ao País sobre o fim do segundo estado de emergência

Portugueses,

Ouvidos, hoje de manhã, os especialistas, à tarde, os partidos com assento na Assembleia da República, e, naturalmente, ao longo destas semanas, o Governo, tudo visto e ponderado, decidi não renovar o estado de emergência.

Nesta decisão pesou a estabilização e até a descida do número médio de mortes, de internados em enfermaria e em cuidados intensivos, assim como a redução do R - indicador de contágio -, bem como a estabilização do número de infetados, ou seja, a incidência da pandemia.

Pesou também o avanço em testes e, ainda mais importante, em vacinação, que saúdo e incentivo.

Pesou o já terem decorrido mais de um mês sobre a Páscoa e a primeira abertura das aulas, e mais de três semanas sobre a segunda abertura das escolas.

Pesou, ainda, o que significaria como reconhecimento do consistente e disciplinado sacrifício de milhões de portugueses, desde novembro, e, mais intensamente, desde janeiro, e também como sinal de esperança mobilizadora, para o muito que nos espera – a todos –, na vida e na saúde, na economia e na sociedade.

Portugueses,

É bom que fique, no entanto, claro aquilo que têm dito os especialistas neste domínio, que passámos uma fase que era a de ver a luz ao fundo do túnel, para termos uma luminosidade crescente no nosso dia a dia, não estamos, no entanto, numa época livre de Covid, livre de vírus, podemos infetar os nossos contactos e permitir que a doença continue a transmitir-se. Enfrentamos, ademais, o risco de novas variantes menos controláveis pela vacina, à medida que se multiplicam os contactos e as infeções.

Tudo isto justifica uma preocupação preventiva de todos nós. Cada passo, é um passo baseado na confiança coletiva e temos de poder contar, nas palavras de uma especialista, com cada um de nós.

Este é, aliás, o momento para agradecer aos especialistas, nomeadamente aos epidemiologistas e aos cultores da saúde pública, que juntaram a sua dedicação a todo o incansável pessoal de saúde, os mais heróis dos heróis desta pandemia.

O passo por mim hoje dado é baseado na confiança, numa confiança que tem de ser observado por cada um de nós.

E por isso mesmo, sem estado de emergência, como tem feito – e bem – o Governo e o Senhor Primeiro-Ministro tornado claro nas suas intervenções, há que manter ou adotar todas as medidas consideradas indispensáveis para impedir recuos, retrocessos, regressos a um passado que não desejamos.

E eu acrescento que, se necessário for, não hesitarei em avançar com novo estado de emergência, se o presente passo não deparar, ou não puder deparar, com a resposta baseada na confiança essencial para todos nós.

Portugueses,

Estou-vos grato por este ano e dois meses de corajosa, e como disse, disciplinada resistência.

Sei que cada abertura implica mais responsabilidade e que os tempos próximos serão ainda muito exigentes.

Eu acredito na vossa sensatez e solidariedade.

Numa luta que é de todos.

E nessa luta “Temos de poder contar com cada um de nós”.

E eu digo mais: Cada português conta. E vai contar. Porque cada português sabe que é Portugal.

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