Apresento as minhas condolências à família do escritor Cristóvão de Aguiar.
Açoriano de São Miguel, estudou Filologia Germânica em Coimbra, e nessa mesma universidade foi leitor de Língua Inglesa. Redator e colaborador da revista Vértice, publicou coletâneas de poemas, ensaios e livros de ficção, dando nos seus romances, como a trilogia “Raiz Comovida”, testemunho das comunidades açorianas, da emigração e da guerra na Guiné, onde combateu.
A sua obra, integralmente reeditada nos últimos anos, mereceu diversos reconhecimentos nos Açores e prémios como o Grande Prémio de Literatura Biográfica da Associação Portuguesa de Escritores. Cristóvão de Aguiar recebeu também as insígnias de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
Relação de Bordo, o seu projeto literário mais duradouro, é um diário onde ao longo de meio século (1965-2015) nos deixou, à maneira de Torga, as suas impressões pessoais e o seu comprometimento cívico.