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Presidente da República apresenta condolências à família de Lauro António

Crítico, programador, divulgador, cineasta, Lauro António conta-se entre os poucos nomes que o grande público identificava com o cinema e a cinefilia.

Formado no movimento cineclubista lisboeta da década de 1960, foi um dos mais destacados críticos da sua geração, colaborando com o Diário de Lisboa, a Opção, o Diário de Notícias ou A Capital, entre outros jornais e revistas, e publicando dezenas de catálogos, coletâneas e monografias, onde abordou temas como a censura, o fantástico ou a História, que fora aliás a sua área de estudos. E quem ainda não o conhecia passou a conhecê-lo em 1994, por causa do célebre «Lauro António Apresenta», nas noites da TVI.

Menos lembrada, mas não menos importante, é a sua atividade regular como programador de algumas salas de cinema, entre as quais o Apolo 70, e como diretor de festivais, tendo-se tornado em seguida num ativíssimo divulgador nos mais variados contextos locais e institucionais, encontrando sempre novos públicos. Quanto à sua obra como cineasta, destaca-se habitualmente, e justamente, a longa-metragem Manhã Submersa, adaptação do romance homónimo de Vergílio Ferreira.

Em 2018, tive a oportunidade de, através da Ordem do Infante D. Henrique, reconhecer o contributo de Lauro António para a nossa literacia cinematográfica. Já depois disso, pôde ainda deixar à cidade de Setúbal os livros, filmes, fotografias e cartazes de uma vida inteira, numa Casa das Imagens que é o maior acervo português sobre cinema fora da Cinemateca. Também lhe devemos essa última partilha.

À família de Lauro António apresento as minhas sentidas condolências.