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Presidente da República evoca Jorge Silva Melo

Jorge Silva Melo não era apenas um dos encenadores mais emblemáticos e dinâmicos do teatro português; foi, a par disso, ator, dramaturgo, cineasta, professor, crítico, cronista, memorialista, bem como um homem politicamente empenhado e um descobridor de talentos e congregador de vontades.

Estudante na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, ativo no Grupo de Teatro de Letras, bolseiro na London Film School, discípulo de Peter Stein e Giorgio Strehler, foi fundador do Grupo Zero, do Teatro da Cornucópia e dos Artistas Unidos.

Deixou-nos, em diversos registos, a crónica de duas gerações, a sua e a dos atores que tanto amava; um acervo de monografias filmadas sobre artistas portugueses; e um longo trabalho sobre o teatro contemporâneo, que encenou, traduziu e editou.

Ninguém como ele escreveu sobre os atores portugueses ainda poucos conhecidos, ou sobre os atores portugueses de quem nos tínhamos esquecido, ninguém como ele lembrou tempos antigos que não eram saudosos mas eram de ação e de esperança.

Passou toda a vida fiel a esse propósito, entre impaciências, comoções e desencantos. Presto-lhe a minha sentida homenagem.