Manifesto o meu pesar pelo falecimento da escritora Nélida Piñon, primeira mulher a presidir à Academia Brasileira de Letras.
Ficcionista, ensaísta, vencedora de inúmeros prémios brasileiros (o Jabuti, entre muitos outros), latino-americanos (Prémio Juan Rulfo) e europeus (Prémio Príncipe das Astúrias, Prémio Vergílio Ferreira), a autora de «A República dos Sonhos» dedicou-se igualmente ao ensino e ao jornalismo.
Descendente de galegos (foi-lhe concedida este ano a nacionalidade espanhola) e amiga de Portugal, era membro da Academia das Ciências de Lisboa, presença habitual na edição e nos encontros literários do nosso país, tendo escrito no nosso país o seu último livro, significativamente intitulado «Um Dia Chegarei a Sagres».