Celebrar a liberdade religiosa é celebrar a democracia e a defesa dos direitos humanos. É celebrar a criação de pontes entre diferentes Estados, povos e civilizações. É celebrar a diversidade e a riqueza que a mesma comporta.
Enquanto Deputado Constituinte, o (agora) Presidente da República aprovou a Constituição de 1976 que consagrou a liberdade religiosa como direito fundamental, com um regime jurídico reforçado, próprio dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.
Enquanto Presidente eleito, o Presidente da República fez questão de começar os seus dois mandatos através de uma celebração com todas as confissões religiosas.
Num mundo em que o multilateralismo nem sempre tem conseguido perseverar e em que lidamos com ameaças e desafios emergentes, é cada vez mais relevante estarmos conscientes da relação que existe, por um lado, entre o livre exercício dos direitos humanos nos países democráticos (incluindo a liberdade de religião ou crença) e, por outro lado, a coesão social e a estabilidade política. Bem como do importante papel que o diálogo inter-religioso e intercultural pode desempenhar na promoção da paz a nível mundial.
Não é por acaso que a Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece o direito à liberdade de religião ou crença. E que a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável reconhece a importância da liberdade religiosa para o desenvolvimento sustentável.
Portugal é normalmente apontado como um dos países mais tolerantes em termos de liberdade religiosa e isso deve ser um motivo de orgulho para todos os portugueses. O nosso país tem sido escolhido para sede de diversas instituições internacionais que visam promover o diálogo entre religiões e culturas.
E tivemos a honra de ter como Alto Representante para a Aliança das Civilizações das Nações Unidas o antigo Presidente Jorge Sampaio, que exerceu uma liderança inovadora e visionária, permitindo-nos renovar a esperança num mundo melhor.
Que essa esperança nunca se perca e que consigamos continuar a aprofundar o diálogo com todas as comunidades, nunca deixando ninguém para trás.
O Presidente da República deseja a todas e a todos, neste dia 22 de junho, um feliz Dia da Liberdade Religiosa e do Diálogo Inter-Religioso.