APELO PARA O MEDITERRÂNEO
Como esperado, a crise climática chegou e atingiu proporções extremamente perigosas, de tal forma que se fala agora de um «estado de emergência climática». Na Conferência sobre o Clima em Nova Iorque, realizada no final de julho, o Secretário-Geral das Nações Unidas classificou a atual crise como uma situação de «ebulição global». Os seus efeitos são especialmente visíveis na nossa região, o Mediterrâneo, gravemente afetado e em risco imediato de escassez de água e de eletricidade, mas também de inundações, ondas de calor generalizadas, incêndios e desertificação. Fenómenos naturais extremos estão a destruir o ecossistema e a ameaçar a nossa vida quotidiana, o nosso modo de vida.
Já não há tempo a perder, já não há tempo a comprometer por razões políticas ou económicas. Urge agir e tomar iniciativas eficazes. Todos os países do Mediterrâneo devem coordenar-se e reagir, empenhando-se num esforço coletivo para travar e inverter os efeitos da crise climática.
É dever de todos nós atuar nesse sentido e adotar políticas concretas. Sensibilizar o público e inspirar em todos a ética da responsabilidade ambiental. Não só para o presente, mas também para o futuro dos nossos filhos e das gerações vindouras.
Os Chefes de Estado dos seguintes países mediterrânicos e membros do Grupo de Arraiolos comprometem-se a apoiar iniciativas de ação conjunta e a lançar um apelo à União Europeia, a outros países mediterrânicos e à comunidade internacional.
Marcelo Rebelo de Sousa – Presidente da República Portuguesa
Zoran Milanović – Presidente da República da Croácia
Katerina Sakellaropoulou – Presidente da República Helénica
Sergio Mattarella – Presidente da República Italiana
George Vella – Presidente da República de Malta
Nataša Pirc Musar – Presidente da República da Eslovénia