Manifesto o meu pesar pela morte de Filipe Guerra. Depois de um percurso na rádio, na imprensa, na edição e já na tradução, distinguiu-se nos últimos trinta anos pelas versões portuguesas do cânone russo (Púchkin, Gógol, Tolstói, Turguénev, Doistoiévski, Tchékhov, Mandelstam, Akhmátova e muitos outros, incluindo os contemporâneos).
Estas traduções, realizadas em parceria com sua mulher, Nina Guerra, inauguraram o bom hábito de termos versões da grande literatura russa feitas a partir da língua original, venceram prémios da SPA e do PEN, e estão hoje seguramente nas estantes de milhares de leitores.
À viuva e família de Filipe Guerra endereço os meus sentidos pêsames.