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Intervenção do Presidente da República na Cerimónia Ecuménica com Confissões Religiosas e Associações Cívicas

Duas palavras apenas. Breves mas sentidas.

A primeira, para agradecer ao Dr.Abdool Vakil, por se ter disponibilizado para acolher este encontro.

Bem-haja por isso.

A segunda, para sublinhar o apoio e o empenho que o Presidente da República coloca nesta iniciativa.

Portugal deve muita da sua grandeza secular ao seu espírito ecuménico.

Foi grande sempre que soube cultivar esse espírito, dentro e fora das suas fronteiras físicas. Ficou aquém do seu desígnio nacional sempre que sacrificou a riqueza da convergência de culturas, civilizações e, naturalmente, religiões.

Hoje, a Constituição da República Portuguesa consagra a liberdade religiosa, que supõe a liberdade de não crer, mas que, para os crentes, vai para além da mera liberdade de culto, implica o respeito de cada confissão na sua visão do mundo e da vida, expressa no espaço privado como no espaço público.

Este encontro quer significar que o Presidente da República de Portugal, como garante da Constituição que jurou defender, cumprir e fazer cumprir, será sempre garante da liberdade religiosa, em todas as suas virtualidades.

Mas tem, ainda, um outro significado: o de apelo para que o espírito ecuménico hoje aqui testemunhado possa servir de exemplo para todos os domínios da vida nacional. Convidando à aceitação do outro, ao diálogo, ao entendimento, à compreensão recíproca. Sem negar as diferenças de princípios ou de vivências. Mas procurando ver para além delas, com humildade e solidariedade.

Que o vosso exemplo frutifique, na cultura, na educação, no apoio social, na saúde, no mundo laboral e empresarial, na vida local, na política.

Porque nenhuma destas dimensões é alheia aos vossos percursos de Fé.

Que os próximos cinco anos sejam vividos sob o signo da mesma Paz, Justiça e Fraternidade que a vossa presença e as vossas palavras hoje aqui tão eloquentemente evocaram - é o voto que formulo, em nome de todos os portugueses.