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Presidente da República evoca Jorge Salavisa

Foi com profunda tristeza que recebi a notícia do falecimento de Jorge Salavisa, bailarino, coreógrafo, professor, Mestre de Bailado e diretor artístico, a cuja família e amigos envio as mais sentidas condolências.

A sua carreira começou a desenvolver-se, no início da década de 60, em diversas companhias francesas, tais como o Grand Ballet du Marquis de Cuevas, o Ballet National Populaire ou o Ballet de Paris. Prosseguiu na inglesa London Festival Ballet, onde ficaria até 1972, e depois, também como professor, Mestre de Bailado e membro da Direção no New London Ballet.

O regresso a Portugal aconteceu em 1977, já com uma carreira consolidada, ano em que foi nomeado Diretor Artístico do Ballet Gulbenkian, e assim permaneceu ao longo de quase duas décadas. O seu contributo e empenho para a divulgação do bailado nacional foram determinantes em todas as funções que desempenhou, desde Programador de Dança de “Lisboa 94 - Capital Europeia da Cultura”, Professor na Escola de Dança do Conservatório Nacional, Diretor da Companhia Nacional de Bailado, Diretor Artístico do Teatro São Luiz, Presidente do Conselho de Administração do Opart. Em 1996 foi-lhe atribuído o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente Jorge Sampaio.

Despedimo-nos hoje, já com saudade, de um homem invulgar, um bailarino virtuoso, um professor tão exigente quanto generoso, que ajudou a formar e deu palco aos mais talentosos bailarinos portugueses. Elevar o ballet nacional a um nível superior, aberto, tangível, ao alcance de todos: foi este o seu maior propósito – “um sonho”, assim definia Jorge Salavisa a sua missão, nunca impossível, nunca terminada.