O Presidente da República saúda a atribuição do Prémio Nobel da Paz 2020 ao programa das Nações Unidas (ONU) “World Food Programme”, Programa Alimentar Mundial, “pelos seus esforços para combater a fome, pela sua contribuição para melhorar as condições para a paz em áreas de conflito e por ser uma força condutora dos esforços para evitar o uso da fome como arma de guerra e conflito”.
É uma excelente notícia, num Mundo em que a fome atingiu, segundo justamente o chefe do Programa Alimentar da ONU, o maior número de sempre, devido à proliferação dos conflitos armados, às alterações climáticas e, natural e infelizmente, à pandemia do Covid-19.
Essa combinação tóxica ameaça mais de 270 milhões de pessoas de morrer de fome, alertou recentemente o referido diretor executivo do “World Food Programme”, David Beasley, em abril deste ano e de novo o mês passado perante o Conselho de Segurança da ONU. E sublinhou o facto de 2021 vir a ser certamente um ano decisivo na luta contra a fome.
O Presidente da República saúda igualmente o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, por este importante reconhecimento, lembrando sobretudo os milhões de seres humanos em risco de morrer de fome, algo inconcebível numa civilização tecnologicamente avançada e em que a dignidade humana e o direito à vida deviam ser indiscutíveis, contra a permanência da guerra e a ameaça da fome, artefactos apenas de um passado que devia estar há muito definitivamente enterrado.