Quero deixar uma palavra de reconhecimento e louvor ao produtor, distribuidor e exibidor cinematográfico Paulo Branco, no dia em que a Cinemateca Francesa dá início a um ciclo de filmes, encontros e conferências em sua homenagem.
Este ciclo mostrará os muitos e muito diversos cineastas que produziu ao longo dos anos, de Manoel de Oliveira, João César Monteiro e Pedro Costa a Akerman, Cronenberg, Garrel, Rozier, Ruiz, Schroeter, Skolimowski, Tanner, Téchiné, Wenders ou Zulawski, os «grandes modernos», como lhes chama o diretor da Cinemateca Francesa.
Numa carreira à qual associamos o gosto do risco e «o risco do gosto», Paulo Branco soube conjugar a tradição francesa da «política dos autores» com uma noção quase autoral do produtor, projeto audaz e persistente, agora celebrado na mais prestigiada das Cinematecas.