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Presidente da República evoca a artista plástica madeirense Lourdes Castro

Manifesto o meu pesar pelo falecimento de Lourdes Castro, uma das mais inconfundíveis artistas portuguesas.

Nascida na Madeira, Lourdes Castro estudou Belas-Artes em Lisboa, casou-se com René Bertholo e viveu em Munique, Berlim e Paris. Em 1958, fundou a revista KWY, e essas três letras do alfabeto, pouco habituais em português, anunciavam todo um programa cosmopolita, desalinhado e moderno.

Regressada à Madeira em 1983, com Manuel Zimbro, dedicou-se a livros de artista, álbuns de família, memoriais da história e do quotidiano, coleções de lugares e de plantas, sem abandonar uma das suas marcas autorais: a dialética da luz e das sombras (concretas, sugeridas, projetadas, esfumadas, transfiguradas).

Figura discreta, mas muito admirada, recebeu nas últimas décadas diversos prémios (EDP, Vieira da Silva, AICA), tendo sido condecorada pelo Presidente da República em junho passado como Comendador da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, em reconhecimento de uma vida e uma obra notáveis, com prestígio internacional, que enobrece Portugal.

Foi objeto de importantes retrospetivas (Serralves, Gulbenkian), e manteve uma produção bibliográfico-artística consistente, minuciosa e tocante.