Uma Imprensa forte e livre significa uma Democracia forte e livre. Este desígnio foi, é, e sempre será um princípio que, mais que inscrito e salvaguardado pela constituição, corresponde a uma efetiva realidade pela qual devemos todos os dias lutar.
Por esta ocasião é fundamental, por isso, recordar as grandes dificuldades que os órgãos de comunicação social, sejam eles locais ou nacionais vivem, como seja, na sua capacidade económico-financeira, na precaridade muitas vezes associada à profissão, à capacidade de produção ou nos meios de cobertura disponíveis. É com sentimento preocupante que temos assistido a nível nacional ao encerramento de imprensa escrita ou de rádios, perdendo uma proximidade de informação local e regional.
Outro dos problemas a que temos vindo a assistir é a substituição da leitura de notícias pelo consumo de conteúdos nas redes sociais. Estes são conteúdos, rápidos, simplistas e condicionados, muitas vezes com informação desvirtuada, sem contraditório ou mesmo falsa.
A par destes problemas, uns mais antigos que outros, deparamo-nos, nos últimos anos com mudanças estruturais na sociedade. Numa situação pandémica sem precedentes, foi a imprensa a responsável por fazer chegar a informação a todas e a todos os portugueses. Hoje, com uma nova crise associada à guerra, volta a ser a imprensa o meio fundamental e determinante para a transmissão da verdade dos factos.
Assim, neste dia em que se comemora o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, importa deixar uma mensagem de determinação, de incentivo e de admiração a toda a imprensa portuguesa, sempre pela Liberdade e pela Democracia.