O Presidente da República presta a sua homenagem a Nelson de Matos, um dos nomes mais reconhecidos da edição em Portugal: dirigiu a Arcádia, a Moraes e mais tarde a D. Quixote, terminando esse percurso numa chancela com o seu nome, Edições Nelson de Matos, onde editou e reeditou um autor de eleição, José Cardoso Pires.
Pode dizer-se que o chamado “boom” do romance português pós-1974 passou pelas suas mãos, casos de António Lobo Antunes, Mário Cláudio ou Lídia Jorge, entre outros, além de ter publicado autores mais jovens, escritores lusófonos, e um estrangeiro-português, Antonio Tabucchi.
Ficcionista e crítico nas décadas de 60 e 70, traduziu, após a Revolução, o “Portugal Amordaçado” de Mário Soares, destacou-se ainda, facto que já foi justamente assinalado, como um formador de editores.
Além das décadas de convívio que tivemos, nos últimos anos era presença regular no jantar anual do Presidente com os editores.
À sua família e amigos o Presidente da República envia sentidas condolências.