Eduardo Serra fez estudos cinematográficos em Paris, cidade onde se exilou na sequência da sua militância oposicionista e do envolvimento nas lutas académicas.
Foi diretor de fotografia de muitos realizadores franceses, dos mais prestigiados, entre os quais Claude Chabrol, a diversos nomes do cinema de grande público que a França ainda preserva.
Do mesmo modo, trabalhou com “autores” e em “blockbusters”, entre os quais dois filmes da saga “Harry Potter”. A sua carreira internacional não tem paralelo entre os directores de fotografia portugueses, não apenas na extensão e variedade da filmografia, mas também nas distinções (um BAFTA, duas nomeações para os Óscares).
Não sendo o único português com sucesso em Hollywood, foi o que mais decisivamente contribuiu para a luz e a imagem, quer dizer, para o olhar, dos filmes em que trabalhou. “Rapariga do Brinco de Pérola”, que parte de um quadro de Vermeer, é nesse aspecto, se não a sua obra mais significativa, a mais emblemática. Colaborou também com cineastas portugueses, como Fernando Lopes ou José Fonseca e Costa, foi assistente de realização e ocasional cineasta.
Em 2017, recebeu as insígnias de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
À família de Eduardo Serra manifesto o meu pesar e o reconhecimento dos portugueses.