O que é que faz a força da nossa língua comum, falada por 260 milhões mais os muitos outros que a descobriram, ou descobrem, por todo o mundo?
O génio de Camões, Sophia, Saramago, Torga, Cabral de Melo Neto, Craveirinha, Jorge Amado, Pepetela, Agustina, Lobo Antunes, Mia Couto, Germano Almeida, Alda Espírito Santo, Hélder Proença, Fernando Silvan, Rubem Fonseca ou Manuel Alegre.
O génio de angolanos, brasileiros, cabo-verdianos, guineenses, moçambicanos, são-tomenses, timorenses, portugueses, falando há séculos em casa e nas diásporas.
O génio de ser uma língua do futuro, viva, diversa na unidade, que muda no tempo e no espaço, continuando a ser a mesma no essencial.
O génio de nos permitir dizer “amor”, “solidariedade”, “saudade” sempre.
E neste tempo em que nos unimos perante um vírus inimigo comum, enviar-vos um abraço muito, mas mesmo muito forte, de irmão para irmão, em português.