Felicito o cineasta Tiago Guedes, que venceu hoje o prémio de melhor realização atribuído pelo Júri da Crítica Independente do Festival de Veneza, com a sua longa-metragem “A Herdade”.
Épico intimista, entre o melodrama e o imaginário do western tardio, filme em diálogo com algum cinema clássico e moderno, nomeadamente o italiano, “A Herdade” é uma história do Portugal contemporâneo contada a partir das vicissitudes de uma família de proprietário rurais do sul do país.
Uma obra de espaços, de tensões de não-ditos, de personagens fracas e fortes, contraditórias, que mantém uma memorável sobreposição entre os traumas privados e as mudanças políticas, e que manifesta além do mais a diversidade do cinema português.
Felicito também Leonor Teles, cujo filme “Cães que Ladram aos Pássaros” foi nomeado pelo Festival de Veneza para o prémio de curta-metragem da Academia Europeia de Cinema.